Este mês de dezembro marcou o início da 28ª edição da Conferência das Partes, ou COP 28, realizada na Arábia Saudita. Desde 30/11 até 12/12, o evento reúne mais de 70 mil participantes de todo o mundo, incluindo líderes de estado e ativistas climáticos.
Nesta edição da COP, as expectativas para resoluções e ações em relação à agenda climática são enormes. O ano de 2023 testemunhou eventos climáticos extremos em todo o globo, e poucas nações escaparam ilesas. Chefes de estado destacaram a devastação da crise climática em seus discursos de abertura.
O Brasil, por exemplo, enfrentou incêndios, inundações, ciclones e uma onda de calor assustadora nos últimos meses. A COP 28 surge como uma oportunidade crucial para a reversão, mitigação e controle desses extremos climáticos.
Um marco histórico foi alcançado no primeiro dia de debates, com a concretização do Fundo de Perdas e Danos. Após mais de 30 anos de discussões, o fundo, no valor de U$420 milhões, destina-se a apoiar países afetados pelo aquecimento global. Uma cooperação entre Estados Unidos, União Europeia e Emirados Árabes Unidos tornou isso possível.
Nesse cenário, o Brasil apresenta uma agenda focada em investimentos em programas de preservação e restauro ambiental, assumindo um papel de destaque na transformação dos paradigmas econômicos.
Durante a COP, foi lançado o Plano de Transformação Ecológica, um instrumento de engajamento diplomático que destaca como o Sul Global pode liderar a economia verde. O Brasil busca investimentos globais para impulsionar esse plano, visando resultados já na COP 30, que será sediada no Pará.
Além dessa pauta, outra que é de grande interesse para o Brasil por estar ligada ao Plano lançado, é a oficialização do Balanço Global do Acordo de Paris. Essa COP busca aprovar esse balanço, que avaliará o progresso coletivo de 197 países em relação às metas climáticas estabelecidas em 2015. A COP 29 espera definir um novo patamar para financiar a ação climática, preparando o terreno para que, na COP 30, os países apresentem suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
Apesar do lançamento do relatório síntese do Balanço Global do Acordo de Paris, que avalia o progresso climático global, terem resultados desanimadores frente aos esforços, ele traz consigo as recomendações de como prosseguir com as atividades. O exercício dos países agora é trabalhar em um plano de resposta que demonstre o empenho dos mesmos neste trabalho.
A COP 28 é uma oportunidade crucial para ações concretas em prol do meio ambiente. Vamos acompanhar de perto as discussões e torcer para que as decisões tomadas tenham um impacto positivo em nosso planeta. Juntos, podemos construir um futuro mais sustentável!
Para acompanhar de perto a agenda brasileira na COP 28, confira o site oficial.
Autor: Yuri Eduardo Bauer | Analista de ESG da ESG Now.
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