Práticas ESG, além dos benefícios para o meio ambiente e a sociedade como um todo, também são vistas como oportunidade de investimentos por acionistas e são levadas em consideração pelos bancos no momento de conceder créditos com condições diferenciadas.
No mercado financeiro, a carteira de negócios sustentáveis já existe há pelo menos 15 anos, porém nunca se destacou tanto como agora. Um exemplo disso é a linha de investimento ESG do Banco do Brasil, que cresceu 98,7% em comparação aos meses de março de 2021 e 2022.
Já na bolsa de valores brasileira (B3), pela primeira vez, desde sua criação em 2006, o Ibovespa cresceu menos que um indicador nichado, neste caso o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Esta nova realidade do mercado financeiro se dá principalmente pela “segurança” que as práticas ESG propiciam para os investidores. Riscos de transição e físicos são minimizados: o primeiro é referente à possível inadimplência de empresas baseadas em combustíveis fósseis, tendo em vista a migração da economia para um modelo de baixo carbono; o segundo, devido aos impactos físicos que eventos climáticos extremos (alagamentos, secas, epidemias, entre outros) podem danificar propriedades, impactar a cadeia de suprimentos, aumentar custos, etc., impactando diretamente a economia.
Dentre os benefícios de crédito concedidos pelos principais bancos brasileiros estão a redução de taxas de juros, maiores prazos de financiamento e de linhas de crédito, bem como fomentos a projetos voltados à energia renovável, agricultura sustentável, processos mais limpos, construções ecoeficientes, educação e acessibilidade. A comercialização de créditos de carbono e títulos sustentáveis também já são realidades nessas instituições.
Entretanto, para ter acesso a esses benefícios, as condições também são diversas: desde a definição de atividades “excluídas” por contrariarem os valores compartilhados (como violação de direitos humanos), até atividades econômicas que exigem uma avaliação mais rigorosa devido a seus impactos ambientais ou de segurança pública. Certificações ambientais e reportes de evolução das ações ESG também estão entre as exigências.
Por fim, pode-se concluir que práticas e métricas ESG nunca foram tão requeridas e necessárias quanto na atualidade, sendo essencial para empresas que desejam alavancar seus negócios, serem mais competitivas e gerarem valor para o mercado e sociedade.
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Autor: Emilie Caroline Koste I Analista ESG na Ecovalor Consultoria em Sustentabilidade
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