A agenda dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU possui objetivos que vão ao encontro do combate às mudanças climáticas. Destacam-se a ação climática (ODS 13) e a vida terrestre (ODS 15), que têm a gestão de carbono como um componente crucial para seu alcance. Muitas das metas para cada ODS podem ser vinculadas ao controle dos Gases de Efeito Estufa gerados nas operações industriais.
A gestão de carbono refere-se ao processo de identificação, quantificação, redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas às operações e atividades humanas. Ao adotar práticas de gestão de carbono, as organizações não apenas podem reduzir seu impacto ambiental, mas também contribuir para o alcance de vários ODS da ONU.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais a gestão de carbono pode promover o cumprimento desses objetivos:
Redução das Emissões de GEE: A adoção de medidas para reduzir as emissões de carbono pode ocorrer em diferentes áreas, buscando matrizes energéticas sustentáveis, aprimorar a eficiência operacional, garantir práticas de cultivo de baixo carbono, substituir os combustíveis fósseis e buscar metodologias como Economia Circular, Análise de Ciclo de Vida e Curva de Custo Marginal de Abatimento para coletar ótimos insumos sobre como e onde aplicar corretamente esse processo de redução. Essas ações ajudam a limitar o aumento da temperatura global e a minimizar os impactos adversos nas comunidades e ecossistemas, conforme a ODS 13.
Conservação da Biodiversidade:
A gestão eficaz do carbono também está intimamente ligada à conservação da biodiversidade, ODS 15. Ao reduzir as emissões de GEE e adotar práticas sustentáveis, as organizações podem ajudar a proteger habitats naturais, ecossistemas e espécies vulneráveis, contribuindo assim para a preservação da vida terrestre e marinha. Isso ocorre tanto pela possibilidade de executar projetos que ajudem a proteger e melhorar esses ecossistemas, como pelas emissões reduzidas ou mitigadas que inferem menor estresse nessas zonas ecossistêmicas. É possível aferir isso por meio de indicadores que correlacionam tais efeitos da redução e/ou mitigação.
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico:
A busca por soluções de baixo carbono estimula a inovação e o desenvolvimento de tecnologias limpas e sustentáveis, conforme o ODS 9. Projetos de operações com emissões reduzidas e/ou mitigadas apoiam o leque de soluções conhecidas no mercado e tornam-se interessantes para os principais players. Por exemplo, a busca por operações que usem matriz energética renovável ou frotas à base de motores elétricos impulsionou diversos players a investir na mudança das matrizes. Além desse exemplo, podemos falar em projetos de melhoria na reciclabilidade de produtos, cadeias mais circulares com menos envio de materiais para aterros, minimizando a geração de metano e outros gases com impacto ainda maior do que o próprio carbono.
Engajamento das Partes Interessadas:
A gestão de carbono muitas vezes requer o envolvimento e a colaboração de várias partes interessadas, incluindo governos, empresas, sociedade civil e comunidades locais. A ODS 17 está vinculada a essa criação de cadeias e operações em conjunto. Ao trabalhar em conjunto para desenvolver e implementar estratégias de redução de carbono, essas partes podem fortalecer as parcerias e ações coletivas necessárias para enfrentar os desafios ambientais globais.
Em um contexto geral, podemos dizer que diretamente temos duas ODS sendo impactadas quando tratamos disso, que são a 13 e a 15. No entanto, a ideia central das ODS é a possibilidade de aplicação local e multissetorial. Portanto, muitas ações focadas em ampliar e amadurecer o processo das emissões e mitigá-las ou reduzi-las resvalam em ODS como a 9, 17 e até possivelmente em outras mais. O importante é entender e mensurar. Na ESG Now, é possível criar os indicadores e vincular as ODS através do módulo Objetivos!
Se quiser saber como podemos apoiar o seu atendimento às ODS, entre em contato com a nossa equipe.
Autor: Yuri Bauer | Analista ESG na ESG Now
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